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Tecnologia no Agro: 71% dos agricultores brasileiros utilizam canais virtuais no dia a dia
O estudo “A cabeça do produtor rural na era digital”, elaborado pela consultoria McKinsey e divulgado em webinar em parceria com o Insper Agro Global e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) trouxe dados relevantes e novas percepções para o mercado agro no pós-pandemia.
Descobriu-se que 71% dos agricultores brasileiros fazem uso do digital no cotidiano para realizar e otimizar operações agrícolas e 85% deles utilizam o WhatsApp diariamente. Nas regiões do Cerrado e MATOPIBA o número chega a 97%.
Mais de 750 agricultores brasileiros foram ouvidos em diversas regiões do Brasil, em 11 estados, para que fosse possível traçar um perfil dos adeptos à tecnologia no campo. Alguns dos temas abordados pelo estudo foram comportamento digital, processo de aquisição de insumos e nível de adoção tecnológica.
Para entender a mente do agricultor nos dias atuais é preciso falar sobre tecnologia e sobre a sua influência nas atividades e na rentabilidade do campo. A pesquisa traçou perfis comportamentais de acordo com o nível de digitalização dos produtores, culturas, tamanho das propriedades e faixa etária. São eles:
- empreendedores de grãos
- agricultores antenados com a tecnologia
- jovens agricultores de hortifrutis
- agricultores artesanais
- membros de cooperativas
Alguns grupos contam com mais membros conservadores em relação à tecnologia que outros. Os agricultores artesanais são um exemplo, enquanto os membros de cooperativas também demonstram ser um grupo mais maduro – acima dos 55 anos – que ainda não investiu amplamente em digitalização.
O grupo com mais integrantes, dos empreendedores de grãos (34% do total de entrevistados), tem como foco o aumento da produtividade e vê na digitalização um meio para alcançar seus objetivos.
Já as faixas etárias mais jovens possuem os integrantes mais abertos à digitalização, caso do grupo de jovens agricultores de hortifrutis e dos agricultores antenados com a tecnologia. Este último é o grupo que mais investe em inovação e tecnologia e 95% deles possui internet em suas propriedades rurais. Considerados “early adopters”, são produtores à frente de grandes áreas rurais em regiões-chave do país, como Cerrado e MATOPIBA.
A juventude é um fator competitivo para a adoção tecnológica na agricultura brasileira: enquanto no Brasil 36% dos entrevistados fazem compras online para suas propriedades, nos EUA o índice é de 24%. O estudo mostrou que os 48% dos produtores com menos de 35 anos são justamente os mais propensos a adotar inovações.