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Transformando o mercado de tomate no brasil
Nossa equipe no Brasil está revolucionando o mercado de tomate de campo aberto com a tecnologia de enxertia. Guilherme Hungueria, Gerente Regional de Produto Tomate e Pimentão, explica em entrevista como essa iniciativa beneficia toda a cadeia produtiva.
- Guilherme, o que é exatamente enxertia e para que a estão usando?
Enxertia é uma técnica tradicional onde duas plantas são unidas através do caule para criar uma nova planta. Nesse caso, nós estabelecemos parcerias com viveiros que realizam este trabalho artesanalmente, unindo uma variedade de tomate com raízes fortes e resistência a doenças do solo (cavalo/porta-enxerto) com a parte superior de uma segunda variedade que é de grande rendimento e produz frutos maiores e com melhores características (cavaleiro/copa). Desse modo, chegamos a uma nova planta que combina os benefícios de duas, algo que só é possível graças a enxertia.
- Quais são os benefícios para os produtores ao adotarem esta tecnologia?
Os benefícios são múltiplos. Primeiro, o produtor pode atingir rendimentos mais altos e, consequentemente, mais receita. Alguns produtores conseguiram aumentar a produtividade em 30% com esta tecnologia. Além disso, eles costumavam produzir em novas áreas a cada estação porque as variedades que cultivam não são resistentes o suficiente contra doenças do solo para permanecerem no mesmo campo. Com as plantas enxertadas eles podem reutilizar uma mesma área, o que gera economia de tempo e dinheiro. Pensando na cadeia, Supermercados e consumidores passam a contar com frutos de melhor tamanho, mais brilho e maior shelf life. E os agricultores têm muito mais lucro do que antes. Essa abordagem, portanto, beneficia não só o produtor, mas toda a cadeia produtiva, trazendo ganhos para a sociedade e o meio ambiente.
- Como assim?
Se os agricultores não tiverem que mudar de campo a cada estação, podem cultivar com muito menos fertilizantes já que o fertilizante que permanece no solo pode ser reaproveitado para uma nova safra. A tecnologia reduz assim a utilização de produtos químicos. Ela também diminui o desperdício de alimentos, pois os varejistas e consumidores jogam fora menos produtos, já que eles duram mais nos estoques e em casa. Além disso, a penetração da enxertia no mercado colabora com a criação de muitos empregos, uma vez que os viveiristas precisam de uma equipe cada vez maior, para atender a demanda de um mercado crescente.
- Qual foi exatamente o seu papel neste projeto?
Este projeto é um verdadeiro sonho e esforço coletivo. Primeiramente, nós fornecemos a genética para os viveiristas, e nesse sentido o porta-enxerto ENPOWER revelou-se a solução perfeita. Chegamos até a levá-los para outros países para que trocassem experiência sobre enxertos e aprendessem a utilizá-los de modo mais eficiente. Também apoiamos os produtores, não apenas na implementação da tecnologia, mas no treinamento de suas equipes, no monitoramento dos campos e na avaliação final de resultados. Dessa forma, pudemos tornar todo este sucesso mensurável.
- Por que valeu a pena o esforço para Nunhems?
Graças ao grande sucesso e crescente interesse por esta tecnologia, fomos capazes de entrar em contato com vários produtores que antes não trabalhavam conosco e nem com nossas sementes. Estabelecemos uma série de parcerias ao longo da cadeia produtiva, como por exemplo com uma larga rede de agricultores no Brasil e em toda América do Sul.
Portanto, estamos claramente participando da transformação do mercado de tomate no Brasil, uma vez que essa tecnologia atrai cada vez mais produtores e regiões. Nosso objetivo é manter esse ritmo de crescimento e consolidar a marca Nunhems como a transformadora deste segmento.